segunda-feira, 3 de abril de 2017

Afetividade e cognição


A capacidade de adaptar a situações e regras sociais é adquirida através da afetividade e da cognição.
O afeto recebido, a maneira como a criança é aceita e tratada dentro da família desde pequena é determinante na sua aprendizagem. Pais que incentivam e deixam seus filhos viverem, experimentarem situações diversas e ao mesmo tempo corrigem quando estas fazem algo de errado, fazem com que eles desenvolvam afetiva e cognitivamente.
Caso isso não ocorra, a criança pensa que pode fazer tudo da sua maneira e sua cognição social fica prejudicada, como vimos no filme Black, em que a personagem principal, Michelle McNally, uma menina surda e cega, na cena em que, mesmo com visitas em casa, os pais permitem que ela passe retirando com a mão o alimento do pratos das pessoas.
Isto poderia ser evitado, como foi depois pelo professor Debraj, se, no lugar do sentimento de pena por ela não enxergar e escutar, a família tivesse oportunizado a vivência de experiências que levassem ao aprendizado das regras sociais. O grupo familiar é de grande importância na vida de qualquer indivíduo, pois é nele que se tem o primeiro elo afetivo, que permite ter noção do que e de quem se gosta ou não, e o contato com as regras sociais.
É através do contato e da forma de se relacionar com as pessoas e objetos que a criança constrói sua aprendizagem, que tem como função integrar e possibilitar a interação e adaptação a realidade ao longo da vida, sendo então tanto a inteligência quanto a afetividade mecanismos de adaptação, que permite ao indivíduo construir noções sobre os objetos, as pessoas e as situações.
A partir das necessidades que o indivíduo vai apresentando é que se deve ir orientando para que a aprendizagem seja significativa, caso contrário não será gerado conhecimento, pois somente quando a pessoa transforma as informações a que tem acesso é que se pode dizer que ela aprendeu. Um exemplo disto no filme é quando a personagem tem que escrever rapidamente na máquina e não consegue e somente quando ela fica com raiva e quer se comunicar escreve em ritmo acelerado Por isso, que na escola, o professor deve estar atento e variar as formas de apresentar e dar significado ao conteúdo para que possa atender a todos os alunos, inclusive aqueles que possem alguma deficiência, coisa que no filme não é feito quando a personagem está na faculdade, ela segue o mesmo tempo dos outros alunos.
Como é mostrado no filme, mesmo que a criança tenha qualquer deficiência é necessário que se de meios para que ela crie vínculos afetivos, experimente situações diversas para que elabore seu conhecimento e aprenda a se adaptar a situações diversas.

Saiba mais sobre afetividade










Piaget e Vygostsky

RESUMO

Este artigo apresenta o processo de aprendizagem segundo Piaget e Vygotsky e as contribuições psicopedagógicas a aprendizagem.

Palavras-chaves: Aprendizagem. Piaget. Vygotsky. Psicopedagogia

INTRODUÇÃO
Dentro da Psicologia da Aprendizagem encontramos várias teorias que nos ajudam em determinadas situações e sujeitos. Cada pessoa aprende de uma forma e é tarefa do psicopedagogo descobrir como cada ser aprende.
Somos como pescadores e nossas teorias são como redes. E não deixamos de lado de bom grado as redes com as quais algumas vezes pescamos pelo mero fato de que não servem para certos peixes ou em determinado mares,mas continuamente inventamos e tecemos novas redes e distintas e as lançamos à água, para ver o que pescamos com elas. Não desprezamos rede alguma e em nenhum confiamos excessivamente,ainda que prefiramos carregar o barco com as redes mais eficazes e deixar no porto as de menos uso. E assim vamos navegando, renovando continuamente nosso arsenal de redes em função das características da pesca. ( Mosterin, 1987, p.85)
Por isso se faz necessário que ele conheça e domine as diversas teorias para que desenvolva o trabalho satisfatório. Neste artigo será tratado sobre a visão de dois grandes nomes, Piaget e Vygotsky, sobre como ocorre a aprendizagem.

PIAGET, VYGOTSKY E A APRENDIZAGEM
O Suiço Jean Piaget (1896-1980) deu uma enorme contribuição à pedagogia, embora não fosse seu objetivo ser um pedagogo. Piaget em sua epistemologia, rejeita a teoria de idéias, defendidas no passado por filósofos como Platão, Descartes, Leibniz, etc., afirmando que todo o conhecimento deriva da experiência, transformando o sujeito em simples produto do meio. Ora, a mente é um órgão vivo e ativo, que elabora o conhecimento a partir de esquemas inatos e não de idéias inatas. Ele sofre influência da biologia. E uma dessas influências é o conceito de estrutura: uma estrutura é uma inter-correlação das partes dentro de um todo com a finalidade de exercer determinada atividade. Uma estrutura é um sistema de transformação que comporta leis enquanto sistema e que se conserva e se enriquece pelo próprio jogo de suas transformações, sem que estas ultrapassem suas fronteiras ou recorrem a elementos exteriores ( Piaget, 1971,p31).
Todo o organismo ou ser vivo precisa de estrutura para funcionar, para se reproduzir, para perpetuar. Do mesmo modo, nossa vida psicológica possui também suas estruturas para poder viver, para se adaptar à realidade. No processo de inteiração entre estrutura e meio, algo é sempre acrescentado à estrutura, como o meio pode ser modificado. Esta relação entre estrutura e meio é o que denominamos genericamente de conhecimento ou cognição – assimilação e acomodação .
Em suma, o processo de adaptação de um organismo ao meio requer assimilação e acomodação constantemente, que é um processo permanente da auto-regulação feita pelo sujeito, ao longo de seu desenvolvimento. Este processo de desenvolvimento do organismo foi estudado dividido por Piaget em períodos, os quais foram subdivididos em estágios, conforme a idade da criança:
1-Período das Operações Sensório-Motoras – Este período foi dividido em seis estágios e vai do nascimento até 8 anos. São eles: a) O uso dos reflexos; b)Primeiras adaptações e reações circulares primárias; c) Reações circulares secundárias; d) Coordenação dos esquemas secundários e sua aplicação a novas situações; e) Revolução terciária e a descoberta de novos significados por meio de experimentação ativa; f) Invenção de novos meios através de combinações mentais.
2-Período das Operações Concretas – Este período vai dos 2 aos 11/12 anos e se subdivide em: a) Período Pré- Operacional: Compreende dois estágios * Pré Conceitual – (de 2 a 4 anos) a criança opera no nível da representação simbólica, o que é constatado na imitação, na memória, no desenho, no sonho, na linguagem , etc. Existe muito presente o sentimento mágico da onipotência e o pensamento egocêntrico. * Pré-Lógico ou intuitivo – ( de 4anos 7 anos) – aparece o raciocínio pré-lógico, baseado em experiências perceptuais. Com ensaios e erros, pode chegar intuitivamente à compreensão das relações corretas entre coisas, mas só pode considerar um atributo por cada vez.
3-Período das Operações Formais – Este período vai dos 12 anos à idade adulta. Em algum ponto, dos 11 aos 12 anos, a criança aprende a raciocinar logicamente sobre posições, coisas e propriedades abstratas. É o último período de desenvolvimento, mas existem adultos que nunca o atinge plenamente.
Critica-se Piaget por ter desprezado o papel do meio sócio- cultural no desenvolvimento cognitivo da criança. Evidentemente que esses autores se baseiam nas primeiras obras publicadas por Piaget, Ora, Yves de La Taille afirma que tal crítica não é de todo fundada. E aponta o livro de Piaget “Biologia e Conhecimento” como uma resposta a seus críticos, onde Piaget diz que a inteligência humana se desenvolve no indivíduo somente dentro da inteirações sociais em geral. Neste mesmo livro, Piaget diz que a questão das influências sociais passa por dois momentos: 1) a definição de que se deve entender por ser social e 2) a verificação de como os fatores sociais contribuem para explicar o desenvolvimento intelectual, isto é, o processo de socialização. Por fim, Piaget no livro “ O juízo moral da criança”, complementa a questão das influências sociais na formação da criança como ser cooperativo, social. É a questão ética como valor superior da sociedade.
Vygotsky(1896-1934) é um interacionista, assim como Piaget. Contudo, enquanto este enfatiza o desenvolvimento das estruturas cognitivas como os requisitos fundamentais para a aprendizagem, Vygotsky destaca a influência do meio ambiente, ou seja, da história, da cultura e da sociedade de uma pessoa como os elementos mediadores por meio dos quais ocorre sua aprendizagem (Fioravante-Tristão2010).
Para Vygotsky, a medida que o individuo se relaciona com o ambiente é que ele vai aprendendo, modificando seu comportamento e orientando o desenvolvimento do pensamento.
Este processo leva a transformação das funções psicológicas elementares em superiores através da linguagem, que desde o nascimento reflete como a criança percebe o mundo, permite a comunicação, organiza e medeia a conduta, expressa o pensamento e ressalta a importância reguladora dos fatores culturais existentes nas relações sociais(João Carlos Martins). A vontade é a principal responsável pelo desenvolvimento da função psicológica superior.
Vygostsky fala que juntos, pensamento e linguagem, criam condições para o desenvolvimento do pensamento lingüístico e da fala intelectual. Por isso é necessário que a criança tenha contato com pessoas mais experientes para adquirir e ampliar a linguagem e possibilitar que ela interprete situações ou fatos a partir da sua própria experiência. Fazendo este caminho o sujeito aprende a resolver seus conflitos.
Vygtsky entende que o desenvolvimento é fruto de uma grande influência das experiências do individuo. Mas cada um dá um significado particular a essas vivencias. O jeito de cada um apreender o mundo é individual. Para ele desenvolvimento e aprendizado estão ligados: nós só nos desenvolvemos se (e quando) aprendemos.
O desenvolvimento não depende apenas da maturação, mas resulta dos aprendizados que tiver ao longo da vida dentro de seu grupo cultural.
CONCLUSÃO
Piaget e Vygotsky entenderam o conhecimento como adaptação e como construção individual e concordaram que a aprendizagem e o desenvolvimento são autorregulados.
Ambos viram o desenvolvimento e a aprendizagem da criança como participativa, não ocorrendo de maneira automática.
Piaget estava interessado em como o conhecimento é construído; sua teoria é um acontecimento da invenção ou construção que ocorre na mente do indivíduo e Vygotsky estava interessado na questão de como os fatores sociais e culturais influenciam e determinam a aprendizagem.
Embora ambos considerassem o conhecimento como uma construção individual; para Vygotsky toda construção é mediada pelos fatores externos (social).
O professor será o agente mediador, fundamental, desse processo. A criança constrói seu próprio conhecimento internalizando a partir do que é oferecido.
A sociedade permite o processo de transmissão da cultura e os educadores são os facilitadores, mediadores. E óbvio que o professor é indispensável no sentido de criar situações que auxiliam á criança em seu processo de conhecer. O desejado é que o mediador deixe de ser um mero expositor satisfeito em transmitir soluções prontas. Ele deve estimular o sujeito á iniciativa e curiosidade.
A diferença mais nítida entre os teóricos é referente ao papel da linguagem no desenvolvimento intelectual
Vygotsky trata a aquisição da linguagem do meio social como resultado entre raciocínio e pensamento em nível intelectual.
A interação e a linguagem tem um importante destaque para Vygotsky, uma vez que irão contribuir no desenvolvimento dos processos psicológicos. Significados linguisticamente criados criam significados sociais compartilhados.
Enquanto para Piaget o conhecimento se dá a partir do sujeito sobre a realidade, ser ativo, para Vygotsky o sujeito é ativo e interativo; construindo conhecimento através de relações intra e interpessoais. Para Piaget a aprendizagem depende do estágio de desenvolvimento atingido pelo sujeito. Para Vygotsky a aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais superiores.
A contribuição desses teóricos é de fundamental importância para o trabalho do psicopedagogo.
O trabalho do psicopedagogo se dá numa relação entre pessoas. Não é uma relação qualquer, mas um encontro entre educador e educando.
A realidade é co-criada pelos nossos processos de troca e observação, pelas decisões que tomamos a respeito daquilo que escolhemos perceber; ela não existe independente dessas atividades. Portanto, não podemos trazer as pessoas com palavras para nossa versão da realidade, porque, a bem da verdade, nada é real para elas se não tiver sido fruto da sua própria criação.
O olhar e a escuta do profissional psicopedagogo deve ser diferenciado.
Uma postura que se traduz em interesse pessoal e humano, buscando reconhecer as potencialidades, as capacidades e possibilidades do educando.

BIBLIOGRAFIA
MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o Papel das Interações Sociais na Sala de aula: Reconhecer e Desvendar o Mundo. 1997. Disponível em: . Acesso em: 01 de abril de 2012.
Fioravante-Tristão, Daniele Pedrosa – Psicologia da Educação,Pearson Education, 2010.
Teorias do Desenvolvimento Cognitivo – suas contribuições para a psicopedagogia - Autora: Valderina Barroso Barbosa – Fortaleza/2009 Monografia apresentada à Universidade Estadual Vale do Acararu
Piaget, Jean – Epistemologia genética, Petrópolis, Vozes, 1971.
Piaget, Jean – A linguagem e o pensamento da criança, São Paulo, Martins Fontes, 1999
Piaget, Jean – Ensaio de Lógica operatória, Porto Alegre – Globo/São Paulo, Ed. da Universidade de São Paulo, 1975.
Piaget, Jean – A construção do real na criança, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1970.
Taille, Yves de La /et alii – Piaget, Vigotski, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão, São Paulo, Editora Summus, 1992.

Trabalho do curso de pós-graduação em  Psicopedagogia pela Faculdade Pitágoras/BH
Alunas: Ana Cláudia, Inês, Taline e Mônica

Dicas para a sala de aula

DICAS PARA A SALA DE AULA
 
 Segundo Sandra Rief (2001), especialista em Educação Especial e Recursos de Aprendizagem, algumas condições pré-existentes podem desencadear problemas para portadores de TDAH na sala de aula, estas condições podem ser:
            Físicas: fatores internos como fadiga, fome, desconforto físico etc.
            Meio ambiente: barulho, posição da carteira, localização da sala, etc.
            Atividade ou evento específico: alguma coisa frustrante, tediosa, inesperada, superestimulante.
            Tempo específico: hora do dia, dia da semana.
            Demonstração de habilidade ou necessidade de atuação: no comportamento nas relações sociais na produção acadêmica (expectativa de fazer algo difícil, desagradável ou que provoque ansiedade).
            Outras: interação negativa com alguém ser alvo de brincadeiras ou provocações etc.
            Com o objetivo de prevenir problemas na sala de aula, o professor deve procurar alterar essas condições pré-existentes. Algumas sugestões:
  • criar um ambiente “seguro”, reduzindo o medo e o stress.
  • Aumentar a estrutura.
  • Estabelecer uma rotina previsível (são difíceis de se adaptarem a novas situações).
  • Ajustar os fatores ambientais (temperatura, iluminação, móveis, estímulos visuais etc.).
  • As regras, limites e procedimentos a serem seguidos devem ser claramente definidos, ensinados e praticados.
  • O ensino do sucesso de todos.
  • Estrutura as lições de modo a permitir participação ativa e resposta interessada.
  • Proporcionar mais escolhas e opção a fim de provocar interesse e motivação.
  • Proporcionar mais tempo e mais espaço; se necessário, mudar o tempo e o espaço.
  • Proporcionar ritmo adequado.
  • A supervisão deve ser mais frequente.
  • Aumentar as oportunidades de movimentação física.
  • Ensinar estratégias de autocontrole (relaxamento, visualização, respiração profunda, resolução de problemas, auto-monitoramento).
  • Utilizar as estratégias de “cantinho para pensar”, “tempo para se acalmar”, “pausa para descanso”, como medida preventiva.
  • Utilizar tática de redirecionamento e preparar para as transições.
  • Trabalhar as dificuldades acadêmicas, sociais e comportamentais.
  • Proporcionar acomodações e adaptações segundo a necessidade.
  • Proporcionar maior encorajamento e retorno positivo.
  • Aumentar o número de dicas e incentivos, especialmente os “toques” visuais e sinais não verbais.
Usar voz calma, bem como uma tranquila linguagem corporal - requisitar, redirecionar e corrigir de maneira eficiente e respeitosa.
PERFIL ACADÊMICO COMUM
  Leitura:
 
  • Fluência média, identificação das palavras;
  • Compreensão desigual;
  • Perde-se na leitura frequentemente;
  • Precisa ler oralmente, não consegue ler silenciosamente;
  • Esquece o que lê;
  • Tem baixo desempenho em trechos longos;
  • Desempenho médio em trechos curtos;
  • Evita ler.
  Linguagem escrita:    
  • Ideias criativas;
  • Problemas de planejamento e organização;
  • Não consegue começar;
  • Caligrafia imatura;
  • Fraco em ortografia;
  • Velocidade lenta;
  • Produção mínima.
  • Mecânica fraca (letra maiúscula/pontuação).
  Matemática:  
  • Altamente inconsistente;
  • Erros por desatenção;
  • Conceitos matemáticos médio/forte;
  • Execução lenta com lápis/papel;
  • Lembrança fraca de fatos.
  • Alinhamento numérico fraco.  
Habilidades de estudo/organizado:  
  • Perde coisas frequentemente;
  • Fraco em anotações;
  • Esquece matérias e tarefas;
  • Fraco em priorizações e planejamentos;
  • Má administração de tempo;
  • Tarefas incompletas.
  • Precisa de esclarecimentos e lembretes frequentes.  
TALVEZ NÓS PRECISAMOS MODIFICAR  
  • Materiais;
  • Métodos;
  • Ritmo;
  • Ambiente;
  • Tarefas;
  • Exigências de tarefas;
  • Notas;
  • Testes / Avaliação;
  • Feedback;
  • Reforço;
  • Entrada de ideas / Rendimento;
  • Nível de suporte;
  • Grau de participação;
  • Tempo distribuído;
  • Tamanho / Quantidade.  
SETE ELEMENTOS CHAVE PARA O SUCESSO  
1º Conseguindo e mantendo atenção:  
  • Uso de novidades e objetos;
  • Técnicas eficazes de questionamento;
  • Uso de organizadores gráficos;
  • Sinais auditivos;
  • Uso de retroprojetores (para uma melhor visualização);
  • Respostas escritas associadas com atividades auditivas.  
2º Administração na sala de aula:
  • Clareza na comunicação e expectativas;
  • Uso de monitores;
  • Regras e consequências expostas;
  • Uso de controle por proximidade;
  • Alunos repetem instruções;
  • Sinais, elogios e reforço para períodos de transição;
  • Revisão de regras e automonitor em situação de grupo.  
3º Aprendizado participativo e oportunidades de respostas:  
  • Aprendizado cooperativo:
- uso de parceiros;
- membros do grupo tem papéis determinados;
- responsabilidade e auto monitoria.
  • Resposta em grupo (quadro de giz).  
4º Organização e habilidades de estudo:  
  • Uso de programas e expectativas da escola;
  • Uso de cadernos e calendários de tarefa;
  • Tarefas esclarecidas e expostas;
  • Sistema de estudo entre parceiros (por tutor).  
5º Instrução multisensorial e acomodação para estilos de aprendizado:
  • Uso de melodia e ritmo;
  • Apresente instrução visualmente / auditivamente;
  • Fazer uso de computadores;
  • Ambiente físico adequado ao trabalho dos alunos;
  • Ofereça escolhas de onde trabalhar;
  • Áreas privativas e escritórios para estudo;
  • Áreas de sala formal / informal;
  • Uso de fones ante-ruídos e outros artifícios como, por exemplo, luz local e não luz difusa;
  • Intervalo para alongamento e exercícios.  
6º Modificação na produção escrita:
  • Testes orais e transcrição escrita;
  • Rubricar trabalhos / tarefas menores;
  • Habilidades de processador de textos e digitação;
  • Uso de opções de papel (ex.: computador ou folha milimetradas).  
7º Práticas de colaboração
  • Equipes de estudo (equipes de consulta);
  • Ênfase em parcerias com os pais;
  • Ensinar em equipe para facilitar a instrução e a disciplina;
  • Uso de monitores de idades diferentes;
  • Necessidade de tempo para planejamento e apoio administrativo.  
O QUE MANTER EM MENTE COM ALUNOS QUE SÃO UM DESAFIO  
  • Planeje uma resposta e evite “reagir”;
  • Elogie, encoraje gratifique o desenvolvimento da melhora;
  • Mude o que você pode controlar... Você mesmo (atitude, linguagem do corpo, voz, estratégia / técnicas, expectativas, foco);
  • Seja firme, justo e estável;
  • Permaneça calmo;
  • Evite bater de frente (medir forças).
ESTRATÉGIAS PARA ATRAIR A ATENÇÃO E PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS
  • faça uma pergunta interessante e especulativa, mostre uma figura, conte uma pequena estória ou leia um poema relacionado para gerar discussão e interesse para a próxima lição.
  • Tente um pouco de brincadeira ou tolice, drama (use objetos e estórias) para conseguir a atenção e estimular interesse.
  • Mistério. Traga um objeto relevante a lição em uma caixa, sacola ou fronha. Isto é uma maneira excelente de gerar especulação e pode levar a criança a ótimas discussões e atividades escritas.
  • Mostre animação e entusiasmo sobre a próxima lição.
  • Diminua o tempo que o professor fala. Faça o máximo de esforço para aumentar mais as respostas dos alunos (dizendo ou fazendo alguma coisa com a informação que está sendo ensinada).
  • O uso de parceiros (duplas) é talvez o método mais eficaz de maximizar o envolvimento do aluno. O formato, de parceiros assegura que todos estejam envolvidos ativamente não apenas alguns. “Vire-se para seu vizinho/parceiro e...” Os formatos de parceiros são ideais, para previsão, compartilhar idéias, esclarecer instrução, resumir informações / treinar / praticar (vocabulários, ortografia, operações matemáticas), compartilhar atividades escritas. Exemplos: “Junte-se a seu colega e dividam suas idéias sobre...”. Depois de dar um tempo para as duplas responderem, peça voluntários para compartilhar com a turma toda. “Quem gostaria partilhar o que você e seu parceiro pensam sobre...”
  • Formule as lições usando um ritmo animado e uma variedade de técnicas de questionamento que envolvam a classe toda, parceiros e respostas individuais.
  • Antes de pedir uma resposta oral, faça uma pergunta e peça que os alunos anotem primeiro o que eles acharem que seja correto. Depois peça que voluntários respondem oralmente.
  • Permita que os alunos usem quadro brancos individuais durante a lição, é motivador e ajuda a manter a atenção. Se usado corretamente, é também eficaz para checar a compreensão dos alunos e determinar quem precisa de reforço.
  • Varie a maneira que você chama o aluno. Por exemplo, “Todos que estão usando brinco, levantem-se esta pergunta é para vocês”. (Alunos deste grupo podem responder ou ter a opção de passar.
  • Utilize cartões de resposta já preparados para os alunos praticar áreas de conteúdo com uma ferramenta de uso individual. Estes cartões podem ser subdivididos em aproximadamente 3-5 categorias, com respostas escritas naquelas seções (ponto final, interrogação, exclamação). Quando o professor faz a pergunta (lê uma frase), o aluno coloca um pregador de roupa na resposta correta (neste exemplo qual a pontuação é necessária na fase lida); leques de respostas são outra opção (um leque é feito com vários cartões de resposta com um furo e segurado por uma argola).
Quando feito uma pergunta os alunos escolhem o cartão que melhor responde a pergunta.
  • Faça uso frequente de respostas em grupo ou ao mesmo tempo quando há uma única resposta curta. Quando estiver explicando, pare com frequência e peça aos alunos para voltar atrás e repetir uma ou duas palavras.
  • Use folhas de resumo que são resumos parciais enquanto você explica a lição ou dá uma palestra, os alunos preenchem as palavras que estão faltando baseado em o que você está dizendo ou escrevendo no quadro.
  • Uma técnica de instruções direta e outros métodos de questionamento que permitam oportunidade de grande participação (E.: respostas em unissario, resposta em dupla).
  • Use a estrutura apropriada para cooperação em grupos de aprendizagem (ex.: designação  de papéis, tempo limitado, responsabilidade). Não é apenas trabalho em grupo, alunos com TDAH (e muitos outros) não funcionam bem sem as estruturas e expectativas claramente definidas.
  • Sinalize alunos através da audição: toque de campainha ou sino, bata palmas, toque um acorde de piano / violão, use um sinal verbal.
  • Use sinais visuais: pisque as luzes, levante as mãos indicando que os alunos levantem as mãos e fechem a boca até que todos estiverem quietos e atentos.
  • Sinalize claramente: “todo mundo”... Pronto...”
  • Cor é muito efetivo para chamar atenção. Use pincéis coloridos no quadro branco e para transparência no retro-projetor.
  • Contato com os olhos. Os alunos devem estar virados para você quando você está falando, especialmente quando instruções estão sendo dadas. Se os alunos estiverem sentados em grupos, peça aqueles que não estão diretamente voltados para você que virem suas cadeiras e corpos quando sinalizados a fazer isso projete sua voz e certifique-se estar sendo ouvida claramente por todos. Esteja consciente de outros barulhos na sala de aula como ar condicionado e aquecedores barulhentos.
  • Chame o aluno para perto de você para explicação direta.
  • Posicione todos os alunos para que possam ver o quadro. Sempre permita que os alunos reposicionem suas carteiras e  suas carteiras e sinalizem para você se a visão estiver bloqueada.
  • Use recursos visuais. Escreva palavras chave ou figuras no quadro enquanto estiver explicando. Use figuras, diagramas, gestos, demonstrações e materiais de alto interesse.
  • Ilustre, ilustre, ilustre: não importa se você não desenha bem durante suas explicações. Dê a você mesmo e aos alunos permissão e encorajamento para desenhar, mesmo que não tenha talento. Desenhos não precisam ser sofisticados e exatos. Aliás, geralmente quanto mais tolo melhor.
  • Aponte para o material escrito que você quer enfocar com um apontador ou laser. Nota: retro projetores estão entre as melhores ferramentas para prender a atenção na sala de aula. No retro projetor o professor pode modelar facilmente e destacar informações importantes. Transparências podem ser preparadas com antecedência, poupando tempo. As transparências podem ser parcialmente cobertas, bloqueando qualquer estímulo visual que possa distrair.
  • Bloqueie material. Cubra ou retire do campo visual aquilo que você não quer que os alunos foquem, removendo as distrações do quadro ou tela.
  • Ande pela sala – mantendo sua visibilidade.
  • Esteja bem preparado e evite atrasos nas explicações.
  • Ensine tematicamente quando possível – permitindo integração de ideias / conceitos e conexões.
  • Use técnica de nível mais elevado para perguntas. Faça perguntas abertas, que requerem raciocínio e estimulam pensamentos abertos, que requerem raciocínio e estimulam pensamentos críticos e discussão.
  • Use programas de computador motivadores para construção de habilidades específicas e para fixação (programas que fornecem feedback e autocorreção).
ESTRATÉGIAS E SUPORTES PARA LIDAR COM PROBLEMAS SOCIAIS E EMOCIONAIS  
  • Tente variar a organização de assentos para proporcionar uma situação em que o aluno sinta-se confortável.
  • Dê ao aluno responsabilidade na sala de aula / escola.
  • Reduza o número de tarefa ou modifique para possibilitar um maior índice de sucesso nos alunos.
  • Tente identificar o que está causando estresse e frustração ao aluno.
  • Reduza tarefas com papel / lápis e permita outros meios de produção.
  • Amplie o tempo para completar a tarefa.
  • Use instruções curtas acompanhadas por demonstração ou exemplo visual.
  • Use um cronômetro para determinar o tempo a ser gasto em uma tarefa específica.
  • Forneça atividades que o aluno possa ter sucesso (academicamente e socialmente).
  • Envolva os alunos em atividades de monitoria com crianças menores.
  • Arranje mensagens para o aluno levar outras salas de aula ou para secretarias.
  • Descubra o interesse dos alunos e proporcione atividades que correspondam a esses interesses.
  • Tendem envolver os alunos em atividades extracurriculares.
  • Chame atenção para as potencialidades dos alunos e demonstre os talentos dele /dela, suas ilhas de competência.
  • Dê responsabilidades ao aluno de ser um assistente do professor, monitor, modelo, líder do grupo, etc.
  • Converse com professores, funcionários de apoio, orientadores, assistente sociais sobre esta criança.
  • Aumente a comunicação com os pais.
  • Aumente as oportunidades de encontrar com o aluno individualmente e estabelecer um relacionamento de apoio.
  • Dê a esta criança um monitor que possa lhe dar suporte e ser tolerante.
  • Ensine habilidades sociais apropriadas, estratégias de lidar com situações e resolver problemas.
  • Ensine habilidades sociais apropriadas, estratégias de lidar com situações.
  • Forme pares de alunos com monitores de séries mais avançadas ou um amigo especial, entre a equipe.
  • Aumente significativamente as interações positivas, frequência de elogios e feedback.  
ENCORAJAMENTO E APRECIAÇÃO
  • Eu aprecio o esforço que você usou nesta tarefa.
  • Continue pensando nessas boas ideias.
  • Esse B+ reflete seu esforço. Você deve estar orgulhoso de si mesmo.
  • Marcos, eu percebi que você estava bem preparado para a aula de hoje. Realmente ajudou você ter arrumado sua carteira e em ordem o seu caderno.
  • Eu gosto da maneira que você lidou com aquele problema.
  • Você deve sentir-se bem em ver o progresso que você está fazendo. Seu esforço está sendo compensado.
  • É isso mesmo... continue praticando e logo você saberá tudo.
  • Aposto que você se dedicou muito nesta questão.
  • Eu percebi que os alunos da mesa 2 realmente se ajudaram e trabalharam como equipe. Meus parabéns.
  • Leane, você seguiu as instruções rapidamente. Eu aprecio sua cooperação.
  • Eu percebi que você realmente se dedicou a melhorar sua caligrafia. Posso ver uma melhora na sua letra.
  • Eu agradeço a maneira que você ajudou a Mariana com o que ela perdeu ontem por ter faltado a aula. Você realmente é um companheiro responsável.
  • Olha que melhora ! realmente mostra que você se dedicou com tempo e esforço.
  • Eu estou confiante que você fará uma boa escolha.
  • Você consegue fazer isto !
  • Você está  ficando melhor em...
  • Essa é difícil. Mas eu tenho certeza que você pode entender.
  • João, você está mostrando um grande autocontrole esta manhã. Você se lembrou de levantar a mão quando quer falar e está respeitando o espaço dos outros alunos.
Vanda Rambaldi
Psicóloga
Autora Consultada: Sandra Rief

As fases do desenvolvimento infantil

Como a criança se desenvolve? Quais as fases e etapas que marcam esse desenvolvimento? Pais e educadores podem aprender mais sobre elas, percebendo principalmente que cada uma tem um ritmo próprio e apresenta características próprias de sua idade.

Neste espaço pretendemos proporcionar conhecimentos teóricos relacionados às fases do desenvolvimento da criança. Pais e até mesmo educadores ficam por vezes em dúvida sobre a melhor forma de agir ou atuar com as crianças. Um dos aspectos importantes é assimilar que a criança não é um adulto em miniatura e apresenta características próprias de sua idade. Cada uma tem seu próprio ritmo de desenvolvimento, que é único. O fundamental é que passe por todas as fases. Pular essas etapas, exigindo da criança o que ela não é capaz põe em risco o seu desenvolvimento.
Ao longo dos estudos realizados, verificou-se que existem formas de perceber, compreender e comportar-se diante do mundo, próprias de cada faixa etária, como também existem vários fatores indissociados e em permanente interação, afetando todos os aspectos do desenvolvimento, tais como: hereditariedade, crescimento orgânico, maturação neurofisiológica e o meio.
No período de zero a seis anos, a criança precisa, mais que em qualquer outro momento da vida, de um meio rico em experiências e estímulos. É quando aprende a brincar, a estruturar a linguagem… É quando o cérebro precisa de mais energia, exigindo, portanto, uma boa alimentação. Para ajudar a criança a crescer como pessoa, não existe nenhuma fórmula, não há uma maneira mais certa ou mais fácil. O dom de ser bom pai e boa mãe, bom professor, tem que ser descoberto na relação com cada criança. Uma relação baseada no respeito mútuo (sim … ou pressões), com referenciais, limites e liberdade para tomarem suas próprias decisões, de acordo com suas necessidades, interesses e valores pessoais. Dessa forma, portas de abrirão para a experiência, adquirindo, através da sua interação com o meio, a maturidade própria para uma vida segura e feliz.
Relacionamos a seguir algumas características do desenvolvimento das crianças de um ano e seis meses aos seis anos, entretanto é importante salientar que tais características não são estanques nem delimitadas.
IDADE: UM ANO E SEIS MESES A TRÊS ANOS (Maternal 1 e 2)
Área - cognitiva
. Aprende por imitação, principalmente nas brincadeiras do faz-de-conta.
. Não consegue trabalhar em grupo nas atividades.
. Utiliza garatujas para representar seus desenhos.
. Inicia pseudoleituras de alguns rótulos, títulos de histórias, palavras significativas.
. Apresenta uma lógica primitiva.
. Surge a capacidade simbólica.
Área - linguagem
. Compreende mais palavras do que as utiliza.
. Utiliza palavras monossilábicas.
. Faz uso de sílabas repetidas.
. Diz o seu 1o nome (refere-se a si mesma por seu nome).
. Fala sozinha enquanto brinca.
. Adquire o principal do seu vocabulário cotidiano.
. Articula a primeira frase resumida, início das primeiras associações de duas palavras.
. Nomeia objetos nem sempre de forma compreensível.
. Irrita-se quando não é compreendida.
. Utiliza um jargão com sequências de sons mal diferenciados.
. Apresenta defeitos de articulação por imaturidade de linguagem.
Área - emocional
. Fase da birra: “Não” (permite organizar e estruturar sua personalidade).
. Começam as conquistas de autodomínio e socialização.
. Toma choro, fôlego, quando contrariada.
. Brinca só ainda, jogo paralelo.
. Não diferencia: realidade x fantasia.
. Fase oral.
. Egocentrismo.
. Pesadelos.
. Curiosidade sobre a diferença dos sexos.
. Tenta adiar o sono arranjando pretexto.
. Começa a apresentar simpatias e antipatias.
. Precisa de atividade constante.
. Ainda não consegue fazer opção entre duas coisas, quer ambas.
. Tem medo do escuro, animais, tempestade.
. Defende a posse de suas coisas.
. Sente-se intimidar com pessoas e lugares estranhos.
Área - motora
. Anda rígido (um ano e seis meses).
. Senta em pequenas cadeiras com certa dificuldade (um ano e seis meses).
. Sobe escada engatinhando (um ano e seis meses).
. Olha livros e volta várias páginas de cada vez (um ano e seis meses).
. Desce escadas engatinhando para trás (dois anos).
. Sobe escadas de pé, sozinha, segurando corrimão (dois anos).
. Corre desajeitadamente (dois anos).
. Salta desajeitadamente, quando segura por ambas as mãos (dois anos).
. Arremessa, mas sem direção definida (dois anos).
. Corre e cai quando se volta rapidamente.
. Bebe um copo sem entornar (dois anos).
. Usa a colher.
. Corre com acelerações e desacelerações.
. Pode correr e parar à vontade (melhor controle do freio inibitório aos três anos).
. Sobe e desce escadas, alternando os pés, com apoio (três anos).
. Sobe e pula 25 cm (três anos).
. Come sozinha, quase sem derramar, vira líquidos de uma vasilha para outra (três anos).
. Consegue pegar objetos utilizando a mão como se fosse uma pinça (três anos).
. Tira e calça sapatos sem abotoar (três anos).
. Dissocia movimentos de braços e pernas.
. Consegue dar passos na ponta dos pés.
. Despe-se se lhe desapertarem a roupa.
Área - disciplinar
. Sente desejada, amada e necessária.
. Recebe cuidados, proteção e segurança.
. Dorme cerca de 10 a 12 horas por noite.
. Tem necessidade de rotina diária e horários.
IDADE: QUATRO A CINCO ANOS (Infantil 1 e 2)
Área - cognitiva
. Consegue conservar quantidades e classificar.
. Identifica dois tipos de signos gráficos: além dos desenhos - letras e números.
. Estabelece a diferença entre desenhar e escrever.
. Utiliza seu próprio nome para tudo, uma espécie de senha universal, que serve para escrever qualquer coisa imaginável.
. Escreve palavras representando uma letra para cada som.
. Apresenta em seus desenhos um esquema corporal definido.
. Realiza pseudoleituras seguindo as palavras, no entanto, já tenta ler algumas realmente.
Área - linguagem
. Possui linguagem compreensível.
. Gosta de contar histórias.
. Apresenta articulação geralmente correta.
. Utiliza expressões diferenciadas.
Área - emocional
. Fase anal - fálica.
. Sente prazer através da excreção das fezes.
. Sente gratificação através de estimulação genital.
. Usa palavrões (relação da fase anal com a limpeza).
. Fase de atitudes agressivas/disputas.
. Testa a figura de autoridade.
. Tem medo de bruxas e fantasmas, não realismo.
. Integra-se aos grupos (jogos coletivos).
. Complexo de Edipo/Electra.
. Masturbação (como prazer erótico, “sem se dar conta”).
. Define papéis quando brincam juntas.
. Começa a escolha dos companheiros do mesmo sexo e já pode ter “um amigo”.
. Aprecia aventuras.
. Empresta seus brinquedos.
. Expressa os sentimentos familiares através de dramatizações espontâneas.
. É autoritária nas brincadeiras, querendo tomar liderança.
. Utiliza o banheiro com independência (educação esfincteriana).
. Inicia a cooperação e conformismo.
. Faz distinção entre o que é seu e o que não é.
. Coloca as coisas em seus devidos lugares.
. Demonstra preocupação com os sentimentos alheios.
. Curiosidade sobre a Morte, porém com pouco entendimento.
. Faz comparações do que tem em casa com o que vê fora do lar.
. Gosta de exageros: “Maior do que o céu”.
Área - motora
. Apresenta boa coordenação óculo-manual (quatro anos).
. Faz preensão de objetos utilitários (quatro anos).
. Veste-se e despe-se, não dá laços (quatro anos).
. É mais rítmica e graciosa nos movimentos (quatro anos).
. Alcança maior coordenação dos grandes músculos (quatro anos).
. Pula num pé (quatro anos e meio).
. É capaz de arremessar uma bola (quatro anos).
. Faz recorte simples com tesoura (quatro anos).
. Conhece os segmentos corporais (quatro anos).
. Corre com mudanças de direções (cinco anos).
. Caminha sobre uma trave de equilíbrio (cinco anos).
. Salta alternadamente num pé (cinco anos).
. Apresenta lateralização definida (cinco anos).
. Apresenta direcionalidade (cinco anos).
. Recorta linha curva (cinco anos).
. Consegue copiar letras maiúsculas entre linhas pautadas.
. Consegue colorir figuras mantendo-se dentro dos seus limites espaciais.
. Gira sobre um pé.
. Quica a bola no chão várias vezes (seis anos).
Área - disciplinar
. Conversa sobre o que pensa e sente.
. Comunica-se com os adultos e gosta de ser ouvida.
IDADE: SEIS A SETE ANOS (Infantil 3 e 4)
Área - cognitiva
. Cria consciente os desenhos (esquema corporal completo).
. Consegue superar o realismo nominal.
. Realiza inclusões de classes, conservação de quantidades.
. Escreve com coesão palavras, frases e pequenos textos.
. Reconhece e compreende um conto lido ou explicado como também consegue reproduzi-lo.
. Utiliza o pensamento, procurando produzir cada vez melhor a sua escrita.
. Realiza leituras e interpretações de frases e pequenos textos.
Área - linguagem
. Apresenta maior interesse em relação à linguagem escrita.
. Evidencia confusões em diferenciar aspectos referentes à fala e à escrita.
. Possui um vocabulário fluente.
. Sabe o nome completo, a idade e, habitualmente, a data do nascimento.
Área - emocional
. Vivencia autonomia, colaboração.
. Vivencia liderança, ciúme, namoro.
. Faz distinção: realidade x fantasia.
. Tem interesse sexual - casamento, nascimento, sexo oposto e papel de cada um.
. Tem explosões emocionais rápidas e de formas variadas.
. Vivencia brincadeiras sexuais (jogos sexuais).
. Fase fálica - período de latência (gratificação sem área específica, energia sexual em dormência).
. Adquire a noção de dever, do certo e errado, não aceitando incoerências no comportamento dos adultos.
. Toma consciência dos problemas de relacionamento entre os adultos.
. Inicia as competições entre meninos e meninas.
. Preocupa-se com sua aparência perante os amigos.
. Demonstra incoerência em suas atitudes.
. Quer ser sempre a primeira nas brincadeiras.
. Interessa-se por reuniões sociais.
. Aceita mal as críticas, mas adora aplausos e elogios.
. Não gosta de fazer as coisas como obrigação, mas agrada-lhe fazê-las junto com outra pessoa.
. Gosta de ter oportunidade para mostrar o trabalho acabado e de falar acerca dele.
. Aceita bem filmes musicais e outros nos quais há bichos.
. Tem um sentimento de superioridade em relação às crianças mais novas.
Área - motora
. Aprimoramento das características da fase anterior.
Área - disciplinar
. Compreende normas e valores (casa e escola).
. Gosta de aprovação dos adultos com quem convive.
. Apresenta-se muito afetiva nesta idade.
. Compreende diferenças entre os sexos.
. Gosta de atividades físicas.
. Apresenta-se independente em várias situações.

Fonte: Internet