sábado, 10 de maio de 2025

O fardo de agradar

 O Fardo de Agradar





Havia um homem e sua filha. Eles possuíam um pequeno burro, companheiro de tantas jornadas, e decidiram levá-lo à feira para vender alguns produtos.


Logo ao saírem, um vizinho comentou:

— “Ora, que desperdício! Caminhando enquanto têm um burro. Deviam montar nele!”


Querendo parecer sensato, o pai ajudou a filha a subir no animal, mas nem chegaram à próxima rua quando ouviram:

— “Olhem só! Menina mimada no burro enquanto o pai sofre a pé. Que falta de respeito!”


Constrangido, o pai trocou de lugar com a filha. Agora, ele montado, ela andando. 


Mas logo depois, cochichos atravessaram o ar:

— “Que absurdo! Um homem forte no burro enquanto a pobre garota caminha. Onde está a consideração?”


Sem saber mais o que fazer, subiram os dois no burrinho e seguiram. Porém, antes que pudessem alcançar a feira, um idoso balançou a cabeça e disse:

— “Pobrezinho do animal! Dois sobre ele? Que crueldade!”


O pai parou. Olhou para a filha, olhou para o burro. Pensou em tudo o que ouvira. Querendo evitar novos olhares críticos, tomou uma decisão extrema: amarrou as patas do burro e o colocou sobre os ombros.


Mas carregar um peso que não se deve logo cobra seu preço. Ao atravessar uma ponte, tropeçaram e o burro caiu. A correnteza foi implacável.


E assim, tentando agradar a todos, acabaram perdendo o que lhes era mais valioso.


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Moral da história? Quem se preocupa demais com as opiniões alheias pode acabar sem rumo... e sem o que realmente importa.


Crédito a quem interessa.

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