Segundo Sandra Rief (2001), especialista em Educação Especial e Recursos de Aprendizagem, algumas condições pré-existentes podem desencadear problemas para portadores de TDAH na sala de aula, estas condições podem ser:
            Físicas: fatores internos como fadiga, fome, desconforto físico etc.
            Meio ambiente: barulho, posição da carteira, localização da sala, etc.
            Atividade ou evento específico: alguma coisa frustrante, tediosa, inesperada, superestimulante.
            Tempo específico: hora do dia, dia da semana.
            Demonstração de habilidade ou necessidade de atuação: no comportamento nas relações sociais na produção acadêmica (expectativa de fazer algo difícil, desagradável ou que provoque ansiedade).
            Outras: interação negativa com alguém ser alvo de brincadeiras ou provocações etc.
            Com o objetivo de prevenir problemas na sala de aula, o professor deve procurar alterar essas condições pré-existentes. Algumas sugestões:
• criar um ambiente “seguro”, reduzindo o medo e o stress.
• Aumentar a estrutura.
• Estabelecer uma rotina previsível (são difíceis de se adaptarem a novas situações).
• Ajustar os fatores ambientais (temperatura, iluminação, móveis, estímulos visuais etc.).
• As regras, limites e procedimentos a serem seguidos devem ser claramente definidos, ensinados e praticados.
• O ensino do sucesso de todos.
• Estrutura as lições de modo a permitir participação ativa e resposta interessada.
• Proporcionar mais escolhas e opção a fim de provocar interesse e motivação.
• Proporcionar mais tempo e mais espaço; se necessário, mudar o tempo e o espaço.
• Proporcionar ritmo adequado.
• A supervisão deve ser mais freqüente.
• Aumentar as oportunidades de movimentação física.
• Ensinar estratégias de auto-controle (relaxamento, visualização, respiração profunda, resolução de problemas, auto-monitoramento).
• Utilizar as estratégias de “cantinho para pensar”, “tempo para se acalmar”, “pausa para descanso”, como medida preventiva.
• Utilizar tática de redirecionamento e preparar para as transições.
• Trabalhar as dificuldades acadêmicas, sociais e comportamentais.
• Proporcionar acomodações e adaptações segundo a necessidade.
• Proporcionar maior encorajamento e retorno positivo.
• Aumentar o número de dicas e incentivos, especialmente os “toques” visuais e sinais não verbais.
Usar voz calma, bem como uma tranqüila linguagem corporal - requisitar, redirecionar e corrigir de maneira eficiente e respeitosa.
PERFIL ACADÊMICO COMUM
  Leitura:
 
• Fluência média, identificação das palavras;
• Compreensão desigual;
• Perde-se na leitura freqüentemente;
• Precisa ler oralmente, não consegue ler silenciosamente;
• Esquece o que lê;
• Tem baixo desempenho em trechos longos;
• Desempenho médio em trechos curtos;
• Evita ler.
  Linguagem escrita:    
• Idéias criativas;
• Problemas de planejamento e organização;
• Não consegue começar;
• Caligrafia imatura;
• Fraco em ortografia;
• Velocidade lenta;
• Produção mínima.
• Mecânica fraca (letra maiúscula/pontuação).
  Matemática:  
• Altamente inconsistente;
• Erros por desatenção;
• Conceitos matemáticos médio/forte;
• Execução lenta com lápis/papel;
• Lembrança fraca de fatos.
• Alinhamento numérico fraco.  
Habilidades de estudo/organizado:  
• Perde coisas freqüentemente;
• Fraco em anotações;
• Esquece matérias e tarefas;
• Fraco em priorizações e planejamentos;
• Má administração de tempo;
• Tarefas incompletas.
• Precisa de esclarecimentos e lembretes freqüentes.  
TALVEZ NÓS PRECISAMOS MODIFICAR  
• Materiais;
• Métodos;
• Ritmo;
• Ambiente;
• Tarefas;
• Exigências de tarefas;
• Notas;
• Testes / Avaliação;
• Feedback;
• Reforço;
• Entrada de idéias / Rendimento;
• Nível de suporte;
• Grau de participação;
• Tempo distribuído;
• Tamanho / Quantidade.  
SETE ELEMENTOS CHAVE PARA O SUCESSO  
1º Conseguindo e mantendo atenção:  
• Uso de novidades e objetos;
• Técnicas eficazes de questionamento;
• Uso de organizadores gráficos;
• Sinais auditivos;
• Uso de retro-projetores (para uma melhor visualização);
• Respostas escritas associadas com atividades auditivas.  
2º Administração na sala de aula:
• Clareza na comunicação e expectativas;
• Uso de monitores;
• Regras e conseqüências expostas;
• Uso de controle por proximidade;
• Alunos repetem instruções;
• Sinais, elogios e reforço para períodos de transição;
• Revisão de regras e auto-monitor em situação de grupo.  
3º Aprendizado participativo e oportunidades de respostas:  
• Aprendizado cooperativo:
- uso de parceiros;
- membros do grupo tem papéis determinados;
- responsabilidade e auto monitoria.
• Resposta em grupo (quadro de giz).  
4º Organização e habilidades de estudo:  
• Uso de programas e expectativas da escola;
• Uso de cadernos e calendários de tarefa;
• Tarefas esclarecidas e expostas;
• Sistema de estudo entre parceiros (por tutor).  
5º Instrução multisensorial e acomodação para estilos de aprendizado:
• Uso de melodia e ritmo;
• Apresente instrução visualmente / auditivamente;
• Fazer uso de computadores;
• Ambiente físico adequado ao trabalho dos alunos;
• Ofereça escolhas de onde trabalhar;
• Áreas privativas e escritórios para estudo;
• Áreas de sala formal / informal;
• Uso de fones ante-ruídos e outros artifícios como, por exemplo, luz local e não luz difusa;
• Intervalo para alongamento e exercícios.  
6º Modificação na produção escrita:
• Testes orais e transcrição escrita;
• Rubricar trabalhos / tarefas menores;
• Habilidades de processador de textos e digitação;
• Uso de opções de papel (ex.: computador ou folha milimetradas).  
7º Práticas de colaboração
• Equipes de estudo (equipes de consulta);
• Ênfase em parcerias com os pais;
• Ensinar em equipe para facilitar a instrução e a disciplina;
• Uso de monitores de idades diferentes;
• Necessidade de tempo para planejamento e apoio administrativo.  

Vanda Rambaldi

Psicóloga

Autora Consultada: Sandra http://www.tdah.com.br/paginas/gaetah/Boletim8 acessado em 16/04/2013

   MATERIAIS PARA SABER MAIS:

    1)     Livro Tdah 2.0

        2)TDAH